terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tangará - SC









Aproveitando o feriadão, eu, Joceli e Paulo Thies nos bandeamos para terras catarinas para conhecer a famosa rampa de Tangará. Viajamos na sexta e pernoitamos em Joaçaba. Fomos os primeiros a chegar na manhã de sábado. Aos poucos a galera foi aparecendo e para agrandar o time dos gaúchos também chegaram o Pitti, Marcelo, Ricardo e Michele. A subida pra rampa foi com um caminhão com tração nas quatro rodas. Íngreme e bastante lisa a subida não é pra qualquer carro. A rampa é linda, decolagem para quase todos os quadrantes. O visual lembra um pouco a rampa sul de Nova Petrópolis. Decolagem a mais ou menos 1000m acima do nível do mar e pouso oficial no platô ao pé do morro (700m).
O primeiro dia (sábado) foi de quem arriscou a decolagem cedo, como o Pitti. Para os demais restou o vôo local com algumas térmicazinhas ou o prego (hehehe).
No segundo dia (domingo)o tempo amanheceu encoberto. Subimos pra rampa por volta de 10h e vimos o Ricardo e o Marcelo pendurados como lustres na ventaca. Decolagem na ventaca e lift local pois não havia atividade térmica suficiente para tirar.
Depois deste voinho fomos almoçar tranquilos pois os locais diziam que choveria em seguida. Para nossa surpresa no finalzinho do almoço o tempo começou a abrir. Corrida pra rampa e decolagem novamente na ventaca que oscilava entre norte e noroeste. Ajudei o Joceli e o Paulo a decolar e fui um dos últimos a sair graças a uma mãozinha da Michele. Enquanto isso eu via o pessoal largando pro cross um a um.
Decolei e fiquei abaixo da rampa pois apesar do vento, este oscilava e não sustentava nas paredes. Larguei pro meio da panela e peguei uma boa. Fui no limite do rotor e larguei para outra térmica acima da rampa. Esta sim foi das grandes, me levou a 1500m, com direito a cheiro de pocilga na subida (hehehe). Derivei junto com um paraca vermelho e larguei na direção do vento que havia virado um pouco mais para noroeste. Peguei duas ou três térmicas no caminho mas foram giros rápidos apenas para manter a altura. Arrisquei tirar para cima de um morrote isolado mas a térmica ali estava fraca. Derivei um pouco de través para cima do asfalto para facilitar o resgate e acabei pousando placado ao lado de uma encosta. Em pouco tempo tinhamos o resgate eficiente do Ricardo e da Michele. No caminho recolhemos outro voador e o Marcelo. A cena devia ser engraçada para os outros motoristas. O carro cheio de paracas e quatro malucos pendurados do lado de fora (hehehe). Não rendeu muita distância (8,7km), mas foi divertido e devido a ventaca chegamos a velocidades próximas de 70km/h. Afora os vôos fomos bem recebidos pelo pessoal local e conseguimos uma pousada ao lado do Moinho Velho (QG). Os almoços e jantas foram sensacionais e acho que voltamos com uns quilinhos a mais.
No último dia (segunda) a expectativa era de um excelente dia para o vôo. Pulamos cedo da cama e o sol estava radiante. Boas formações desde cedo. Mas aos poucos o tempo foi ficando encoberto e por volta de 10h os organizadores cancelaram a subida pois havia formação de CB's por todos os lados. Resolvemos então pegar a estrada e já na saída a chuva começou a cair.
Embora longe dos 100km que pensávamos voar, vimos que o local é propício para o vôo de cross. Estamos nos planejando para voar em Tangará novamente em novembro na etapa do Sulbrasileiro. Vamos ver se a turma aumenta para a próxima.

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